Após a Virada Cultural, o Grupo Êxtase retorna a Belo Horizonte nesta terça, 09 com apresentação na Praça Sete. No último final de semana, For Sale impressionou os belorizontinos que participaram da segunda edição da Virada Cultural com apresentações no Parque Municipal e na Praça Afonso Arinos. Mais uma vez o grupo soube captar a atenção do público com as performances que se iniciavam em pontos aleatórios nas proximidades da apresentação. “Eu fui surpreendida por uma bailarina que parou ao meu lado e começou a me imitar, achei muito boa essa proximidade que eles criaram com o público”, disse a funcionária pública Jaciara Silva Pires que também salientou como o espetáculo mostra “como o consumismo absorve as pessoas semelhante a uma doença.”
Algumas pessoas também elogiaram muito a qualidade técnica dos bailarinos bem como o analista do judiciário Paulo Augusto Alves que destacou que “o trabalho corporal foi muito bem realizado e através dele temos uma concepção presa ao consumo”. Quem também ressaltou a qualidade do espetáculo foi a professora de expressão corporal Letícia de Barros Alves que leu sobre o grupo antes de assisti-lo. Segundo ela “o grupo trouxe uma sincronização muito boa entre música e movimentos, além disso, percebo que eles tem uma dedicação ao trabalho que se reflete uma concepção agradável de se ver”. Além disso, comentários quanto a composição da coreografia também foram presentes como no caso do geólogo Paulo Rodrigues que afirmou que o título e a proposta de crítica ao consumo foram as coisas que mais lhe chamaram a atenção. “Em relação à dança eu gostei do fato deles mesclarem movimento solos e a sincronização do grupo, que possibilita uma organização das ideias”, disse. Já para Rômulo Marinho, que integrou o Grupo Êxtase há mais de trinta anos que contou: “Uma proposta completamente moderna, um trabalho completamente inovador diferente do grupo que conheci a trinta anos. É muito bom ver que após este tempo o grupo está vingando ainda mais com um trabalho tão bem feito como este.”
O tema do consumo também despertou indagações nas pessoas presentes, como o caso do bancário Ederson Antônio Nogueira, que acredita que o consumismo seja uma onda que leva às pessoas a um lugar onde elas não querem chegar “Existe uma crise em que não se sabe o porquê e o para que se consome, só pensamos em consumir.” “Eu pude perceber que os bailarinos trazem consigo uma agonia, típica da nossa sociedade” afirmou a estudante de matemática Giulia Barquete, que assistiu o espetáculos as duas vezes durante a virada.
As apresentações na cidade de Belo Horizonte aconteceram na Virada Cultural de Belo Horizonte e na Praça Sete aconteceram a partir da Lei Estadual de Incentivo à Cultura numa realização da Funarte – Premio Klauss Vianna, Fundação Municipal de Cultura e Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Patrocínio da Dimfer e Metalsider. Este projeto foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna/2013
Autoria: Assessoria de Imprensa