As apresentações de La Fille Mal Gardée lotaram o Espaço Acadêmico-Cultural Fernando Sabino nas duas noites do 33º Festival do Núcleo de Arte e Dança. O evento aconteceu no último final de semana, nos dias 22 e 23, com um grande público, que acompanhou atentamente os passos e as interpretações dos bailarinos mirins aos adultos, em duas horas de espetáculo que despertaram o riso e a emoção dos presentes.
O clássico, que é o primeiro ballet de repertório mundial, demonstrou o quanto ainda é capaz de encantar a plateia. Visitantes de outras cidades se surpreenderam com os bailarinos em cena e com o porte do espetáculo e do festival. Poliana de Aquino Silva, de Guaraciaba, uma cidade da microrregião de Ponte Nova (MG), contou que pela primeira vez pôde assistir ao festival e que se encantou com o evento. “Foi tudo lindo, maravilhoso! Muito mais do que esperava. Minha filha também ficou encantada e se eu morasse aqui a incentivaria para ter aulas de dança no Núcleo”.
A diamantinense, Lenir Lage Ramos, veio para prestigiar uma afilhada, e declarou ter valido a pena a viagem: “A apresentação foi um encantamento! Havia uma disciplina, uma harmonia desde aas crianças menorzinhas até os adultos. O humor e a arte da representação da mama Simone foram fantásticos! Até agora não acredito que foi um homem que a interpretou. Todo o espetáculo foi um momento de estado de graça! Parabenizo a todos, desde os menores até os diretores do Festival. Valeu muito a pena ter vindo assistir!”
Os elogios à interpretação e apresentação de mama Simone pelo bailarino do Grupo Êxtase, Guilherme Fraga, foram recorrentes por toda plateia, que se encantou com a atuação do profissional. “Foi a primeira vez que interpretei uma velha senhora e mãe. Tive que buscar inspiração em muitas pessoas com quem convivi para conseguir um jeito de andar, de me mover e de me encontrar como uma mama. Foi um grande desafio, mas com a ajuda do nosso maitre Muniz e apoio da Lidiane Jacinto eu consegui e estou muito feliz com o resultado”, afirmou o bailarino.
Quem já acompanha o Festival há mais tempo também se surpreendeu com a apresentação de La Fille Mal Gardée, como Vanessa Della Lucia, que é mãe da bailarina, Júlia Della Lucia. “Esse é o 6º espetáculo que participo, acompanhando a minha filha que faz ballet desde os 4 anos, e achei um show! Esse Festival para mim ficou perfeito. A Paulinha (solista do espetáculo) foi maravilhosa. Fiquei encantada e me emocionei com ela! O Núcleo está de parabéns pelo espetáculo que produziu e pelo carinho com as crianças e com os pais.”
A jovem Paula Martins, que com apenas 16 anos interpretou o papel de Lise, alcançou o desempenho de grandes bailarinas. “Quando eu descobri que seria montado La Fille Mal Gardée fiquei feliz porque a primeira vez que esse espetáculo foi montado pelo Núcleo eu não quis dançar por ser muito pequena. Hoje, subir no palco como solista desse mesmo espetáculo é muito bom, uma sensação indescritível! Receber os elogios do público e do Muniz me deixaram muito feliz e mais leve, porque o nosso trabalho é intenso, a gente ensaia muito para dar o melhor e não errar em cena”, apontou Paula Martins.
Para a diretora geral do espetáculo Patrícia Lima, mesmo já tendo montado La Fille Mal Gardée há 10 anos, cada montagem é um novo grande desafio à superação. “Cada festival é uma nova emoção! Impressionante como passa ano e a gente pensa que não tem mais nada para acontecer e sempre se surpreende. Ver tanto talento e tantas crianças e jovens felizes nos fazem continuar sempre. Os solistas arrasaram e estou muito feliz de poder realizar um ballet tão para cima que traz tanta alegria. O resultado é que vai todo mundo junto, a plateia ficou hipnotizada, acompanhando cada detalhe, mesmo sendo um espetáculo longo. Estou muito feliz! Ainda bem que pudemos apresentar mais uma vez “La Fille” para Viçosa. Agradeço a todos que nos apoiaram e conosco fizeram deste festival uma grande confraternização da arte e da cultura ”.
A emoção do 33º Festival ultrapassou a apresentação e esteve presente ainda após o espetáculo, no sábado, dia 23, quando o maitre do Núcleo Reynaldo Muniz recebeu uma homenagem inesperada para marcar os seus 10 anos de trabalho na Escola. Emocionado, ele declarou: “Foi a maior surpresa e melhor homenagem que recebi em minha vida. Não sei como consegui ficar em pé. Jamais vou esquecer esse momento! Agradeço à Patrícia por confiar em mim, a todos os professores do Núcleo, meus alunos e os pais pela paciência e por entender que meu único interesse é que essas crianças sejam melhores bailarinas e bailarinos no futuro! Vou retribuir à homenagem trabalhando cada vez mais para alcançar o seguinte objetivo: transformar Viçosa em uma potência na Dança não só nacional, como mundial. Viçosa merece isso!”.
Além das apresentações, na sexta e no sábado, para a comunidade em geral, para participantes de projetos sociais e autoridades, o 33º Festival do Núcleo de Arte e Dança contou com uma pré-estreia na última quinta, dia 21, para convidados. Com o grande público, o evento permitiu a arrecadação de quase duas toneladas de alimentos que foram doados para setes entidades beneficentes de Viçosa.
O 33º Festival aconteceu por intermédio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – MINC – Governo Federal, numa realização do Núcleo de Arte e Dança , Instituto Asas e Núcleo de Produções Artísticas, numa promoção da PEC -UFV, FACEV, o patrocínio da Serjus, Roberto Andrade, Haskell, Amantino, Mundial Acabamentos e Metalsider e apoio cultural do Colégio Anglo e Mapa do Mundo.
Autoria: Assessoria de Imprensa Núcleo Academia