Milhares de pessoas prestigiaram a Mostra Diversidade em Dança 2022

Cerca de 5 mil pessoas acompanharam os cinco dias de Mostra Diversidade em Dança em nove espetáculos diferentes. Com apresentações gratuitas em quatro pontos da cidade, o evento reuniu cerca de 500 bailarinos profissionais e amadores de Viçosa, Belo Horizonte, Sete Lagoas  e Paraopeba. Para a diretora geral Patrícia Lima, o evento “ trouxe de volta o entusiasmo e alegria própria dos nossos espetáculos, deu voz a uma vontade reprimida dos artistas e do público ávido por poder acompanhar de perto cada apresentação. Além disso, os espetáculos apresentados trouxeram mensagens,  através das várias linguagens da dança, deixando na memória momentos marcantes e especiais para a arte e a dança de nossa cidade”.

A programação começou no dia 29 de junho em Nova Viçosa e nos dias 30 de junho e 1 de julho foram realizadas apresentações no DCE Barzinho/UFV. Grande público acompanhou os grupos profissionais Impacto e Êxtase e os estudantes do curso de Dança dos grupos Sinergia e Social Flow.

A chefe da Divisão de Assuntos Culturais (DAC- UFV), Aline Sant’Anna agradeceu a parceria com Núcleo de Arte e Dança e enfatizou a importância de fomentar a cultura dentro do campus oferecendo possibilidades de apreciação e lazer aos estudantes. “Essa realização em um espaço público e ao ar livre democratiza o acesso e é inclusiva. Esse foi um momento também de incentivo aos artistas e à participação de estudantes em ações culturais”, comentou.

Três noites no palco e performance na Praça Silviano Brandão

O evento marcou a volta ao palco do Espaço Fernando Sabino e o reencontro dos artistas com o público foi emocionante para todos. Em três noites de casa cheia a plateia assistiu a apresentações de ballet clássico, dança contemporânea, danças urbanas, passinho e jazz funk. Abrindo a  noite de sexta-feira, o Impacto trouxe seus Três Gritos e a Cia Jovem Arte & Passo o espetáculo Bicho no Concreto.

No sábado, a Paraopeba Cia de Dança realizou a pré-estreia do espetáculo Pasmem durante e o Coletivo Mina abriu a primeira sessão com a obra "Auto-retrato" também apresentada na Praça Silviano brandão, no domingo.

O diretor e coreógrafo, Alan Keller celebrou a oportunidade de retornar ao palco e de estar em Viçosa com a cia de Paraopeba . “Depois de dois anos e sete meses é gratificante voltar, especialmente em um evento com essa força e potência que reúne vários corpos e mensagens, desde a criança até a plateia que também dança junto. Voltamos no lugar certo com todas as bênçãos possíveis para o nosso trabalho”.

Público satisfeito e emocionado

Familiares e amigos vibraram a cada passo das dezenas de apresentações. Aplausos e gritos de incentivo tomaram conta do Espaço e certamente permanecerão na memória de todos.

Janete Oliveira, mãe da bailarina Nina Oliveira, assistiu a filha com apresentações de ballet clássico e danças urbanas e destacou sua emoção ao vê-la cada vez mais envolvida com a arte e a dança.  “Fantástico! Me emociona ver os jovens mostrando sua arte. Saio de alma lavada e muito mais leve”.

“Achei incrível, esse encontro de muita gente talentosa. A dança é uma forma de expressar o que sentimos, e também de lutar e resistir e os grupos e coreografias mostraram isso com coreografias fortes e potentes”, disse Júlia Camin.

“Fiquei emocionada e feliz. A arte salva vidas e nos possibilita viver e sobreviver. Hoje ficou claramente marcado o papel fundamental que ela ocupa especialmente na vida dos jovens”, declarou, Isabel Crisóstomo. 

Adriane Tiradentes,  diretora do Centro Municipal de Educação Dr. Januário de Andrade Fontes acompanhou, entre outras, as apresentações dos alunos do projeto Passos para um Futuro que fazem aulas na escola e destacou que a Mostra foi “a oportunidade de conhecer diversos tipos de dança e ver bailarinos maravilhosos em cena''. Muito especial ver as crianças no palco mostrando o que elas gostam de fazer. O Núcleo e a Patrícia Lima tem um brilho especial e estão de parabéns pelo trabalho que permite o despertar de talentos de crianças de todas as classes sociais que conseguem experimentar a arte com o trabalho desenvolvido na cidade”.

A  chefe do Centro Experimental de Artes (CEA) da PMV, Juçara Bonfim e o chefe de cultura do município Marcelo Augusto prestigiaram o evento e destacaram o potencial e a evolução das crianças e jovens que participam das oficinas de dança do CEA e fizeram bonito no palco.

Juçara classificou o momento como emocionante e destacou a participação das pequenas bailarinas da turma baby que iniciaram as aulas este ano. “Encantador ver o resultado de um trabalho profissional e da dedicação dos professores e alunos no palco”.

Para Marcelo, a Mostra faz jus ao nome e oferece ao público diversidade de linguagens e talentos. Ele destacou ainda o preparo e qualidade dos grupos que representarão Viçosa no FIH2, em Curitiba. “Fico empolgado e feliz por acompanhar o processo de evolução artística das turmas que vão se apresentar no FIH2, e que participaram com a gente do Conexão Hip-Hop, que foi o início desse processo de classificação para o Festival. Para nós, vê-los crescer é motivo de orgulho e alegria”.

A Mostra Diversidade em Dança acontece por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização Núcleo de Arte e Dança, Núcleo de Produções Culturais e Instituto ASAS. Com o patrocínio master da CBMM e patrocínio de CORI-MG, Amantino Supermercado, Metalsider, Haskell e Casa da Lavoura, numa promoção da DAC - PEC – UFV, e apoio cultural Jornal Folha da Mata e da Secretaria Municipal de Cultura de Viçosa - PMV.

Autoria: Lílian Moura